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sábado, 13 de setembro de 2014

Oceanos podem subir até 1,6 metros até 2100

 
Rápidas alterações climáticas no Árctico, incluindo o degelo de calotas polares da Groelândia poderiam elevar o nível dos mares em até 1,6 metro até 2100. Foi a conclusão à qual chegou um relatório internacional divulgado na terça-feira.

Tal elevação – acima da maioria das estimativas científicas até agora – acrescentaria diversas novas regiões ao rol de áreas ameaças, como as zonas costeiras de Bangladesh à Flórida, principal alerta para as ilhas do Pacífico, e ainda cidades como Londres e Xangai. Aumentaria também, por exemplo, os custos de construção de barreiras antitsunami no Japão.
 
“Os últimos seis anos (até 2010) têm sido o período mais quente já registrado no Ártico”, de acordo com o Programa de Monitoramento e Assistência ao Ártico (AMAP, na silga em inglês), sediado em Oslo, Noruega, e apoiado por oito nações do Conselho do Ártico.
 
“No futuro, o nível global do mar deve subir entre 0,9 e 1,6 metros até 2100. A perda de gelo das geleiras e calotas polares do Ártico da Groelândia será uma contribuição substancial para essa subida”, completa. Os aumentos foram projetados a partir de 1990.
 
“O gelo derretido do Ártico e da Groelândia contribuiu com mais de 40% do aumento global do nível do mar, de cerca de três milímetros por ano, observada entre 2003 e 2008″, foi relatado.
 
Os Ministros das Relações Exteriores das nações do Conselho Ártico – que compreende Estados Unidos, Rússia, Canadá, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e Islândia – devem se reunir na Groelândia no dia 12 de maio. O aquecimento no Ártico está acontecendo cerca de duas vezes mais rápido que a média mundial.
 
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (ou IPCC) disse em seu último relatório importante, de 2007, que o nível dos mares corriam um risco de se elevar entre 18 e 59 cm até 2100. Esses números, entretanto, não incluem uma possível aceleração no degelo das regiões polares.
 
“O novo estudo é outro lembrete de quão urgente se tornou a necessidade de agir no combater contra as alterações climáticas, embora esta urgência nem sempre seja evidente, nem no debate público, nem do ritmo nas negociações internacionais”, conta Connie Hedegaard, Comissária Europeia do Clima.
As conversações da ONU sobre um pacto global de combate às alterações climáticas estão andando a passos lentos. A ONU ressalta que promessas nacionais para limitar as emissões de gases de efeito de estufa, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, são insuficientes para evitar mudanças perigosas.
 
O estudo do AMAP, com base no trabalho de centenas de especialistas, afirma haver sinais de que o aquecimento está acelerando. Segundo a pesquisa, o Oceano Ártico poderá ter verões completamente livres de gelo dentro de 30 ou 40 anos, mais cedo do que o previsto pelo IPCC. [Reuters]

Infecção letal por fungo extermina anfíbios no mundo todo


Os anfíbios são espécies muito ameaçadas. Cerca de 40% das rãs, sapos e outros animais estão em declínio. Esses números vêm caindo há décadas, como resultado de todas as ameaças habituais, incluindo destruição do habitat, poluição, espécies invasoras e mudanças climáticas.
 
Agora, uma nova pesquisa sobre salamandras acrescenta a história de uma epidemia a esses fatores, conhecida há pouco tempo. Um fungo (conhecido como Bd, apelido de Batrachyochytrium dendrobatidis) é uma das principais causas do colapso generalizado de anfíbios nas últimas décadas.
 
A doença fúngica mortal e contagiosa chegou pela primeira vez às salamandras mexicanas em 1970. De lá, espalhou-se para a Guatemala e Costa Rica nas próximas duas décadas.
O estudo mostra o quão devastadora essa doença pode ser. Segundo os pesquisadores, até agora, ninguém sabia que esse fungo tinha algum impacto nas salamandras, e muitas estão altamente ameaçadas.
 
Os cientistas esperam que as descobertas levem a melhores formas de retardar ou impedir a propagação do Bd e surtos semelhantes nos próximos anos. Os esforços de conservação podem agora levar em conta os impactos da doença.
 
Na década de 1970, os pesquisadores começaram a notar animais que desapareciam das áreas intactas e protegidas, o que os levou a Bd em 1999. Animais infectados com o fungo desenvolvem quitridiomicose. Eles trocam de pele e se tornam letárgicos. Salamandras doentes perdem as caudas. Sapos perdem peso e se tornam tão apáticos que não conseguem se virar mais quando colocados de costas. A morte é questão de semanas.
 
Desde a descoberta do Bd, os pesquisadores ligaram o fungo ao colapso de populações de rãs e sapos na Califórnia, Austrália, Panamá e Peru. Algumas espécies já foram extintas por causa da doença.
Porém, os cientistas ainda não sabem como, por que e até quando o fungo surgiu na América Central e do Sul. Alguns especialistas acreditam que o fungo sempre esteve ao redor, em níveis baixos, e que algo desencadeou a doença, que começou a se espalhar. Outros argumentam que a invasão foi súbita e, portanto, devastadora para as populações vulneráveis, sem resistência.
 
Os pesquisadores do estudo atual resolveram descobrir e observaram centenas de salamandras e sapos de museus da Universidade da Califórnia e da Universidade do Texas, nos EUA.
Em vez de pegar amostras do tecido dos anfíbios para análise minuciosa (método tradicional), os pesquisadores esfregaram cotonetes ao longo da pele de cada criatura. Depois, eles analisaram amostras de DNA para procurar por Bd. Com o novo método, eles puderam analisar 100 amostras em seis horas, uma abordagem muito mais rápida.
 
Os resultados mostraram claramente que a Bd não existia nas amostras coletadas no sul do México antes do início dos anos 1970. Os cientistas explicam que após a chegada do fungo naquela parte do mundo, ele parece ter se espalhado para a Guatemala e Costa Rica nos anos 80.
 
O aparecimento de Bd em amostras do museu coincidiu com períodos conhecidos de declínio rápido entre os anfíbios em cada área, confirmando a doença como uma das principais causas de mortandade entre anfíbios.
 
Os pesquisadores ainda não sabem como o Bd veio para as Américas, mas a principal teoria é que o fungo viajou com as rãs-de-unhas-africanas, trazidas da África Subsariana para fins médicos.
Essas rãs, que carregam Bd, mas não ficam doentes, já foram utilizadas como testes de gravidez humanos. Em um tanque com a urina de uma mulher grávida, as fêmeas das espécies começam a ovular em resposta aos hormônios humanos.
 
Até o momento, não há cura para o Bd. Mas os pesquisadores estão estudando bactérias simbióticas da pele que parecem proteger alguns anfíbios da doença. O novo estudo e sua nova técnica serão muito úteis. Amostragens podem oferecer novas pistas sobre por que alguns grupos sobreviveram à doença e que populações serão mais vulneráveis a ela no futuro.
 
Segundo os cientistas, mesmo que não haja uma maneira específica de pará-lo agora, saber onde o fungo está e para onde ele vai ajuda, se nada mais, a planejar a proteção de animais (colocá-los em depósitos), ou procurar essa bactéria, ou ainda pedir que geneticistas encontrem uma maneira de “desligar” o fungo e parar a destruição.

RS tem 280 espécies de animais ameaçadas de extinção, além de 10 já extintas. Veja a lista


                                                           Fonte: Daniel Hammes
Lista de espécies ameaçadas é um instrumento para a gestão ambiental do RS
                                            Lista de espécies ameaçadas é um instrumento para a
                                           gestão ambiental do RS – Foto: Glayson Bencke
 
O Governo do Estado homologou hoje (9) a lista de espécies da fauna gaúcha ameaçadas de extinção. A listagem, primeira atualização feita desde 2002, indica que o Rio Grande do Sul possui 280 espécies de sua fauna em algum grau de ameaça de extinção (Vulnerável, Em Perigo ou Criticamente em Perigo) além de 10 já extintas. Significa que estão ameaçados 22% dos mamíferos, 18% dos peixes de água doce, 16% dos anfíbios, 11% dos répteis e 14% das aves nativas do Rio Grande do Sul. A lista, coordenada pela Fundação Zoobotânica (FZB) com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), é resultado do trabalho de 129 especialistas de 40 instituições que analisaram o estado de conservação de 1,6 mil espécies.

“Uma lista de espécies ameaçadas serve para subsidiar as políticas públicas e também como um termômetro de como o ser humano está tratando o ambiente natural”, diz Glayson Bencke, coordenador geral do trabalho e pesquisador do Museu de Ciências Naturais da FZB. “Com essa atualização, o Rio Grande do Sul cumpre um dos principais compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) – reforçado recentemente pelas Metas de Aichi para a Biodiversidade”, reforça o diretor geral da Sema, o biólogo Luís Fernando Perelló. “Ou seja, trata-se de monitorar a biodiversidade produzindo listas de espécies ameaçadas e, partir daí, construir planos de ação para tentar reverter ou pelo menos estancar o quadro de espécies ameaçadas”, explica.
Os critérios, procedimentos e definições utilizados para a revisão da lista foram desenvolvidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), amplamente empregados em avaliações das condições de conservação de espécies em nível global e regional (países ou estados). A revisão periódica da lista é prevista tanto no Código Estadual do Meio Ambiente como no Decreto Estadual 41.672/2002, que também estabelece a obrigatoriedade da constituição de uma comissão multi-institucional formada por especialistas em fauna para coordenar o processo.

Tecnologia de ponta

Para a revisão da lista, foi desenvolvida pela FZB e Procergs uma ferramenta inovadora, o “Live”, sistema digital operado via web. Ele auxilia na elaboração e revisão de listas de espécies ameaçadas de extinção, permitindo documentar e gerenciar todas as etapas do processo de organização das chamadas listas vermelhas.

Graças ao Live, que permite acesso remoto às bases de dados, formulários de avaliação de espécies e documentos relevantes, a maior parte das atividades relacionadas à revisão da lista pode ser desenvolvida à distância, sem a necessidade de reuniões presenciais, o que viabilizou a participação de um grande número de especialistas e reduziu significativamente os custos do processo de reavaliação.

Ameaça por grupo (índice e número)

Invertebrados – 39% (49 espécies)
Peixes – 18% (74 espécies)
Anfíbios – 16% (16 espécies)
Répteis – 11% (12 espécies)
Aves – 14% (91 espécies)
Mamíferos – 22% (38 espécies)

Espécies por categoria de ameaça

Vulnerável – 99 espécies
Em perigo – 108 espécies
Criticamente em perigo – 73 espécies

Arquivos para download


Fonte: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul - EcoDebate,
 

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